quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Jardim confidente



Vem sentar-te comigo em meu sonho, à beira do teu jardim.
Sossegadamente fitemos suas cores e aprendamos que cada uma contempla a vida ofertando luz e escuridão. (Me empreste teus olhos pra eu sentir como você).

Depois pensemos que a vida passa e que cada dia tem sua cor, cada olhar tem sua cor.

Que o branco sempre se perde no preto, e com o raiar do sol, faz-se branco outra vez! Fechemos os olhos por um momento, porque não vale à pena desbotar as cores.
Mas vale saber pensar silenciosamente... Sem martírios grandes.

Pensemos em todas as cores, e o branco logo as devorarão.

E de tudo sobrará apenas dois, no vácuo, sem saber onde termina uma ficção e onde começa uma remota realidade. Mas agora já não importa o que é, afinal no jardim minhas mentiras viram verdades.

O que são minhas verdades?
 E onde estão minhas mentiras?



(A flor tatuada)

3 comentários:

  1. "Me empresta teus olhos para que eu sinta como você..."

    É você quer se ver? Não nos vemos, é difícil se ver a não ser através do outro, a visão de si mesmo é fragmentada, como se entender se não nos conhecemos através de nós mesmos.


    Já diziam as leis da física: Branco não é cor é sensação, e preto é ausencia de cores... Poético porém científico...

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  2. Adorei seu jeito de escrever! *-*
    Se nós soubessemos tudo, não teria graça viver!

    :*
    to te acompanhando !

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  3. Pensar silenciosamente, sem grandes martírios...gostei do conselho^^"


    um beijo!

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