terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Para um amor.



É noite, escrevo como se a febre de meus sentimentos  resolvesse com palavras.

Insisto em trocar os nomes, às cousas.
A solução é o problema!
A certeza é o incerto!
Carrego cores, livros, palavras e um punhado de jasmim...
Um desejo em trazer as pessoas comigo.
Carrego suspiros por um Poeta.
E o seu encantamento me faz querer morder sua boca e comer suas palavras!


Em paz, vou sincronizando meus passos, com a batida do meu coração.
Uma mistura de Maracatu com Samba.
Luto contra meus medos enraizados na banalização do amor.

Vejo que o amor é a denominação comercial para o medicamento que nos permite viver com essa doença crônica, esse medo. Medo da paixão que adentra cada poro da pele, que nos vence e que queremos que nos arrebatem. O medo que temos em perder o chão por debaixo dos pés, que não consigamos comandar o pensamento, de assumir um sorriso bobo, de confessar que precisa do outro, que nos tornemos meros instrumentos de uma vontade maior.
O amor é aquilo que nos permite ir respirando aos poucos e ir vivendo aos bocadinhos.

Cuido da vida, e rego as flores.
E sigo por vezes sem compreender
A doçura de saber que ninguém entende,
(nem eu, meus caros, nem eu).
É o que me faz acordar todas as manhãs.