Os versos estão guardados em segredo,
Na camada fria de um olhar de medo.
Eu nem sequer percebo
Que já me fogem pelos dedos,
Não me dou por mim.
Simplesmente assim:
Como uma noite escura a brilhar no fim.
Segredos que se perdem,
Mas ao raiar do sol, aparecem.
E vendo o meu rosto no espelho,
Busco um sentimento que me eleve.
Pequeno poeta das horas vadias,
Buscando se lançar aos caprichos da agonia,
De ser noite ou de ser dia,E ao mesmo tempo se manter ileso,
Aos reveses da magia que é a poesia.
(A flor tatuada / Paulo Vitor)