Vem sentar-te comigo em meu sonho, à beira do teu jardim.
Sossegadamente fitemos suas cores e aprendamos que cada uma contempla a vida ofertando luz e escuridão. (Me empreste teus olhos pra eu sentir como você).
Depois pensemos que a vida passa e que cada dia tem sua cor, cada olhar tem sua cor.
Que o branco sempre se perde no preto, e com o raiar do sol, faz-se branco outra vez! Fechemos os olhos por um momento, porque não vale à pena desbotar as cores.
Mas vale saber pensar silenciosamente... Sem martírios grandes.
Pensemos em todas as cores, e o branco logo as devorarão.
E de tudo sobrará apenas dois, no vácuo, sem saber onde termina uma ficção e onde começa uma remota realidade. Mas agora já não importa o que é, afinal no jardim minhas mentiras viram verdades.
O que são minhas verdades?
E onde estão minhas mentiras?
(A flor tatuada)