Tentando {re}colorir tudo.
Mas levaram minhas tintas.
– A moça diz que lhe falta os pinceis.
E à vida é mesmo assim:
proporciona e arrasta!
"Só ficou a preta e a branca aqui, as vezes eu acho um pouco de marrom...
Nada de azul, verde, rosa ou amarelo.”
Diz a moça.
Saudade de tuas cores pra enfeitar minha vida.
Tuas cores suaves da tranqüilidade.
Dos tons da aquarela.
Do teu azul-sorriso que se misturava com meu amarelo.
Se fez feliz num clarear de verde-tão-alegre!!!
Mudávamos as nuances como brincadeira entre um abraço e outro. Guardávamos as mais fortes para misturar com o branco, que logo se desfazia.
Doce ilusão. Acorda... Branco é branco menina!
E hoje quem escreve é Vanessa mesmo.
A flor tatuada carrega algumas feridas abertas, sem forças pra chegar até aqui!
"Eu grito mudo, mas continuo gritando"
- Diz a moça.
(A moça que também sente)
Só sei que dói.
Sinto que algo foi arrancado/desbotado, ou de fato não levaram nada?
Porque nada realmente é nosso!
Quem sabe um empréstimo da felicidade...
(O preto e branco desbotaram)
Acabou o tempo!
(Vanessa Soares / Gracianny Bittencourt – A moça)